Deus a Causa, eu o Efeito!
(Romanos 8:39)
Este texto faz parte de uma conclusão sobre todo contexto anterior ao capítulo 11 desta carta. Trata de toda a revelação de Deus a Paulo a respeito do pecado, e a justificação e salvação pela fé em Cristo de todo homem.
Primeiro do Judeu, e também os gentios. Fala de como Deus em sua sabedoria e conhecimento, preparou começo, meio e fim, ou fim, meio e começo, para que tudo acontecesse.
O que vemos aqui é a adoração sincera e grandiosa, cheia de emoção e reverencia do apóstolo Paulo. A pergunta é: A que? A resposta é: Ao segredo dos pensamentos e caminhos de Deus.
Paulo adora, se curva a esse segredo inescrutável, insondável dos pensamentos e caminhos de Deus. Aleluia!
Paulo diz: “Ó profundidade…” de que? Das riquezas, quer dizer: Dos procedimentos de Deus em relação aos judeus e aos gentios; ou ainda, em relação à humanidade em geral; A totalidade do mistério do evangelho, que não podemos compreender plenamente.
Ele continua: “…das riquezas,(Que riquezas?) tanto da sabedoria, como da ciência de Deus/”. Irmãos! Temos exemplos inumeráveis da sabedoria e conhecimento de Deus, ao planejar e levar a efeito a obra de nossa redenção, através de Cristo. Uma profundidade a que os anjos desejam conhecer (1 Pe 1.12).
E Muito mais irmãos, Deus pode confundir qualquer compreensão humana que tentar explicar os métodos, razoes, os desígnios e a extensão de sua sabedoria e conhecimento. Paulo era mais bem informado dos mistérios do reino de Deus do que qualquer outro homem jamais esteve; contudo amados, ele se confessa perdido na contemplação, e, desesperançado de encontrar o fundo, então, humildemente assenta a margem desse Rio de conhecimento e sabedoria e adora sua profundidade. Deus em Cristo, reconciliando consigo mesmo, o mundo.
Irmãos! Quaisquer de nós, nesse estado de imperfeição, o qual nos encontramos, precisamos estar mais sensíveis a nossa própria fragilidade e pequena visão da vida e do mundo.
Para que depois de todas as buscas, concluirmos que não podemos terminar os nossos discursos, devido a nossa escuridão, a nossa curta visão.
O Que aprendemos aqui?
Sem pretensão de esgotar o assunto, longe de mim isso, mas vamos pensar um pouquinho.
- NÃO HÁ RIQUEZAS NO TEMPO E NO ESPAÇO QUE SE COMPARE AS RIQUEZAS DIVINAS.
Deus é digno de todo louvor, amados, exatamente porque ninguém pode Ser como Ele é e nem fazer o que Ele faz e como faz.
Paulo diz: Ó Profundidade das riquezas. Significa que todos os tipos de riquezas dos homens são rasos, por isso, logo podemos ver o fundo delas; mas, as riquezas de Deus são profundas: Veja o que diz o salmista: “Os teus juízos (conselhos, providência) são um grande abismo” (SI 36.6).
Ele está dizendo que não fundo. Ele sabia o que estava falando. Ele teve a experiência de Paulo.
Não existe apenas profundidade nos conselhos divinos, amados! Mas também há riquezas profundas nestes conselhos, o que denota uma riqueza daquilo que é precioso e valioso em Deus para a humanidade. São tão completas as dimensões dos conselhos divinos; que eles não possuem apenas profundidade e altura, mas também “…largura e comprimento” (Ef 3.18), em outras palavras, ultrapassam o conhecimento alcançado pela mente humana (Ef 3.19). “…riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus”.
Fala da capacidade que só Deus tem de ver todas as coisas através de uma visão infalível, certa e clara. Diante D’Ele todas as coisas que são – as que foram, ou as que ainda serão; tudo está nu e claro diante dele num simples instante: pois ali está o seu conhecimento.
É o Seu domínio e ordem sobre todas as coisas, dirigindo-as e dispondo-as para a sua própria gloria, e realizando seus próprios propósitos e conselhos em tudo; aí está a sua sabedoria. Aleluia! Glória a Deus!
2) Quando Pensamos que Sabemos, Deus nos Confunde com Seu Conhecimento e Sabedoria!
O conhecimento e a sabedoria de Deus são tão grandiosos para nós irmãos, tão fora do alcance da nossa imaginação, que a qualquer momento podemos nos perder na contemplação deles.
Por isso o salmista diz (SI 139.6): “Tal ciência é para mim maravilhosíssimas; tão alta que não posso atingir” Aleluia! (nos versos 17,18 reitera). “Quão insondáveis são os seus juízos…! “Glória a Deus!
- Em outras palavras, não sabemos o que
Ele planeja. Não sabemos o que Ele tem em mente; isso e inescrutável. - Mesmo quando Ele já começou o seu trabalho, ainda assim não sabemos o que Ele tem em mente; isso e insondável.
- Isso não apenas subverte, destrói, revira nossas certezas, todas as nossas conclusões positivas acerca dos conselhos divinos, mas também suspende todas as nossas perguntas curiosas. Então entendemos que as coisas secretas não pertencem a nós e sim a Deus (Dt 29.29).
- Vivemos tempos em que Deus tem posto em desordem a sabedoria e o conhecimento humano.
- É preciso reconhecer que não podemos e nos dobrar diante d’Ele, pois só ele pode mudar o curso de nossas vidas e da humanidade em geral.
- O caminho de Deus esta no mar diz o salmo (SI 77.19; não há rotas, trilhas, condições de ser investigado, pesquisado, buscado e encontrado, a não ser que Ele se revele ou se deixe encontrá-lo. Aleluia!
- Jó 23.8,9; SI 97.2. Resumidamente diz: Não sabemos agora o que Ele faz
- Jo 13.7. Jesus diz aos seus discípulos: “O que faço, não o sabes tu agora, mas compreenderás depois”. Não podemos dar razão dos procedimentos de Deus, irmãos, nem encontrá-lo pela busca (veja 9.10 “Ele faz coisa grandiosas, que não se podem esquadrinhar, e tantas maravilhas que não podem contar”. Por isso, devemos adorá-lo silenciosamente e sujeitar-se a Ele.
Cristo é Nosso Mediador desse Conhecimento inescrutável.
Há uma distância e uma desproporção tão vastas entre Deus e o homem, entre o Criador e a criatura, que excluem para sempre o pensamento de tal intimidade e familiaridade. O apóstolo faz o mesmo desafio em 1 Corintios 2.16: “Porque quem conheceu a mente do Senhor?” E ele acrescenta: “…mas nós temos a mente de Cristo”, o que sugere que, através de Cristo, os verdadeiros crentes, que tem o seu Espírito, conhecem Tanto da mente de Deus quanto é necessário para a sua felicidade. Aleluia!
Então queridos, conquanto não conheçamos a mente do Senhor, teremos o suficiente se tivermos a mente de Cristo. Diz o salmista: “O segredo do Senhor e para os que o temem” (SI 25.14). o Senhor diz: “Ocultarei a Abraao o que faço?” e ainda “Ou quem foi seu conselheiro?” Ele não precisa de nenhum conselheiro, pois é infinitamente sábio; nem qualquer criatura é capaz de ser o seu conselheiro; seria o mesmo que acender uma vela para o sol. Só podemos ser felizes em Deus.
3) Para que Fixemos que Esse é o Ciclo da Existência e Permanência de Tudo (v.36)
Isso Quer dizer que, Deus é tudo em todos. Todas as coisas no céu e na terra (principalmente aquelas que se relacionam com a nossa salvação, as coisas pertencentes a nossa paz). Quer dizer que:
- São d”Ele, por meio da criação, através dele, por meio da influência providencial, para que todas as coisas possam ser para Ele na sua intenção e resultado finais.
- São de Deus como a origem e a fonte de tudo.
- São através de Cristo, Deus-homem, como o veículo para Deus como o fim último.
Trata-se de uma relação de causa e conseqüência. Causa e efeito. Origem e existência.
Esse É um ciclo necessário irmãos. se os rios recebem as águas que vem do mar, eles as devolvem para o mar novamente (Ec 1.7).
Fazer tudo para a glória de Deus é se beneficiar de uma obrigação; pois tudo no final será para Ele, queiramos ou não.
Nossa obrigação é adorá-lo, mas quando o fazemos, os únicos beneficiados somos nós.
Por isso Paulo termina dizendo: “…gloria, pois, a ele, eternamente. Amem!”
A atividade universal de Deus como a primeira causa, o governante soberano, e o fim último, deve ser a conteúdo de nossa adoração.
Conclusão.
Paulo discorre sobre os conselhos de Deus sobre o homem com muita precisão, mas conclui reconhecendo a soberania de Deus, como aquilo em que todas essas coisas devem ser esclarecidas, e onde a mente pode descansar tranqüila e sem perigo.
Descanse sua alma na soberania de Deus. Ele sabe de você e está cuidando de tudo.
Deus os abençoe.